Boa noite amigos
Quando enviei o email de ontém, QUAL O CAMINHO QUE VC ESCOLHE PARA O BRASIL,
pensei que seria o ùltimo porque tenho sido incessante no sentido de informar e,
de criar uma consciência politica...
Falei sobre o problema da divida interna, mas hoje recebi com uma explicação do assunto ,
onde ele explica o que é divida interna e, faz uma analogia entre divida interna, e,
uma familia perdulária ...
O autor da matéria sobre Divida Interna é Waldir Serafim, economista em Mato Grosso,
que explica as dividas do Brasil que eu colocarei de uma forma didática.
A dívida interna do Brasil, que montava R$ 892,4 bilhões quando Lula assumiu o governo em 2003,
atingiu em 2009 o montante de R$ 1,40 trilhão de reais e,
segundo limites definidos pelo próprio governo, poderá fechar 2010 em R$ 1,73 trilhão de reais,
quase o dobro. Crescimento de 94% em oito anos de governo.
Para 2010, segundo Plano Nacional de Financiamento do Tesouro Nacional,
a necessidade bruta de financiamento para a dívida interna será de R$ 359,7 bilhões (12% do PIB),
sendo R$ 280,0 bilhões para amortização do principal vencível em 2010 e R$ 79,7 bilhões somente
para pagamento dos juros (economistas independentes estimam que a conta de juros passará
de R$ 160,0 bilhões em 2010). Ou seja, mais uma vez, o governo, além de não amortizar um centavo
da dívida principal, também não vai pagar os juros.
Vai ter que rolar o principal e juros. E a dívida vai aumentar.
A dívida interna tem três origens:
1- as despesas do governo no atendimento de suas funções típicas, quais sejam,
os gastos com saúde, educação, segurança, investimentos diversos em infraestrutura, etc..
Quando esses gastos são maiores que a arrecadação tributária, o que é recorrente no Brasil,
cria-se um déficit operacional que, como acontece em qualquer empresa ou família,
terá que ser coberto por empréstimos, os quais o governo toma junto aos bancos, já que está proibido, constitucionalmente, de emitir dinheiro para cobrir déficits fiscais, como era feito no passado.
2- a origem são os gastos com os juros da dívida. Sendo esses muito elevados no Brasil, paga-se um montante muito alto com juros e os que não são pagos é capitalizado, aumentando ainda mais o montante da dívida.
3- esta causa decorre da política monetária e cambial do governo: para atrair capitais externos ou mesmo para vender os títulos da dívida pública, o governo paga altas taxas de juros, bem maior do que a paga no exterior, e com isso o giro da dívida também fica muito alto.
A gestão das finanças de um governo assemelha-se, em grande parte,
a de uma família.
Quando faz um empréstimo para comprar uma casa para sua moradia, desde que as prestações mensais caibam no seu orçamento familiar, é visto como uma atitude sensata.
Além de usufruir do conforto e segurança de uma casa própria, o que é um sonho de toda família,
depois de quitado o empréstimo restará o imóvel.
No entanto, se uma família perdulária usa dinheiro do cheque especial para fazer uma festa, por exemplo, está, como se diz na linguagem popular, almoçando o jantar. Passado o momento de euforia, além de boas lembranças, só vai ficar dívidas, e muito pesadelo, nada mais.
No caso, o Brasil está mais assemelhado ao da família perdulária: gastamos demais, irresponsavelmente, e entramos no cheque especial. Estamos pagando caro por isso. Como o governo não está conseguindo pagar a dívida no seu vencimento, e nem mesmo os juros, ao recorrer aos bancos para refinanciar seus papagaios, está tendo de pagar um "spread" (diferença entre a taxa básica de juros, Celic, e os juros efetivamente pagos) cada vez mais alto (em 2008 no auge da crise, o governo chegou a pagar um "spread" de 3,5% além da Celic). E isso, além de aumentar os encargos da dívida, é um entrave para a queda dos juros, por parte do Banco Central.
O governo tornou-se refém dos bancos: precisa de dinheiro para rolar sua dívida e está sendo
coagido a pagar juros cada vez mais altos (veja os lucros dos bancos registrados em seus balanços).
Em 2009, em razão das altas taxas de juros pagas, o montante da dívida cresceu 7,16% em
relação ao ano anterior, mesmo o PIB não registrando qualquer crescimento.
O problema da dívida interna não é somente o seu montante, que já está escapando do controle,
mas sim qual o destino que estamos dando a esses recursos.
Como no caso da família que pegou empréstimo para comprar
uma casa própria, se o governo pega dinheiro emprestado
para aplicar em uma obra importante: estrada, usina hidroelétrica,
etc. é defensável.
É perfeitamente justificável que se transfira para as gerações futuras
parte do compromisso assumido para a construção de obras que trarão benefício também no futuro.
Mas não é isso que está acontecendo no Brasil.
O governo está gastando muito e mal.
Tal qual a família perdulária, estamos fazendo festas não obras.
Estamos deixando para nossos filhos e netos apenas dívidas, sem nenhum benefício a usufruir.
Deixo para o prezado leitor, se quiser, elencar as obras que serão deixadas por esse governo.
Não tenho bola de cristal para adivinhar quem vai ser o próximo presidente da República: se vai ser ele ou ela,
mas posso, com segurança, afirmar, que seja quem for o eleito vai ter que pisar no freio,
logo no início do governo.
Vai ter que arrumar a casa.